sábado, 11 de junho de 2016

Falar na primeira pessoa do plural

Alguns dias atrás, houve um dia assim como qualquer outro. Eu tinha chegado no trabalho mais atrasada do que eu deveria, depois saí correndo para a aula um pouco menos preparada do que eu tipicamente prefiro estar, e quando o dia tinha terminado, Jaron me trouxe do trabalho para casa.

Nós conversamos sobre nossos dias, sobre o que nós tínhamos, ou não tínhamos, feito no trabalho e na faculdade, e começamos a falar de nossos planos para o resto da semana. Precisávamos fazer as compras, lavar a roupa, e estávamos esperando que desse para sair em uma aventura no fim de semana. Nada fora do comum.

Enquanto isto estava acontecendo, me dei conta de algo: eu tinha passado a última meia hora falando na primeira pessoa do plural sem perceber. Por pelo menos 30 minutos completos, eu estava falando com o pressuposto que todos meus planos eram unidos com um outro ser humano, e ele também estava. Não sei se era a novidade do conceito, ou se a ideia simplesmente chamou minha atenção no momento, mas posso dizer que tenho pensado muito neste assunto desde então.

Sinceramente, eu acho que ainda estou remoendo o assunto. Porém, eu posso agora dizer que, de uma certa forma, uma parte de um sonho que eu tinha todos meus 23 anos tem se realizado. Sempre amei imaginar ser casada e ter alguém com quem eu pudesse fazer todas minhas decisões. Pois, para mim, imaginei que seria muito mais fácil fazer escolhas com alguém com quem eu pudesse conversar com respeito da decisão; alguém que era tanto interessado e afetado com os resultados da escolha quanto eu.

Aquele elemento em particular, estou aprendendo, é relativamente inexistente. A realidade é que escolhas de grande importância, assim como as dos empregos, da faculdade, e de onde morar são tão difíceis fazer com duas pessoas quanto é com uma--senão mais difícil ainda. Porém, eu também estou aprendendo que há mais valor naquelas decisões, e há mais satisfação em vê-las se realizando. Existe algo notável em ser unido nas metas e nos sonhos com um outro indivíduo, e é incrível esperar pelas mesmas coisas.


No final das contas, eu acho que isto é o propósito de falar na primeira pessoa do plural. É para rir e amar e ajudar e viver, e passar todos esses juntos com um a outro. O conceito segue a emoção espressada no provérbio seguinte, "Eleve-me, e elevá-lo-ei, e juntos nos edificaremos" (Juntos Nos Edificaremos). Mesmo que haja mais peso para carregar, é uma experiência enriquecedora crescer com alguém ao seu lado.

Nós não sabemos de muito--ainda estamos bem novos em nosso casamento, então eu certamente não quero fingir qualquer conhecimento especial com seu respeito. Mesmo assim, eu creio que há um poder em viver de uma maneira que utiliza muito a primeira pessoa do plural, e estou animada para ver as aventuras que ela nos traz.

E voaremos.

Um comentário: